segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Fim das férias
As férias já acabaram...tanto a de vocês como a desse blog! Isso mesmo, as atualizações estão de volta.
Nada melhor que começo de semestre....todo mundo com muita energia, empolgados, prometendo para si mesmo se superar. O post de hoje se encaixa perfeitamente nesse espírito. Afinal, cursos extracurriculares sempre renovam nossas energias..
A OBORÉ está com inscrições abertas, até o dia 20 de agosto, para o processo de seleção do projeto Repórter do Futuro. O módulo que será ministrado é o VIII Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflito Armado e Outras Situações de Violência.
A OBORÉ já mandou algumas dicas de leitura para os participantes. O blog da Adriana Carranca, que está entre as recomendações, vale muito a pena!
terça-feira, 2 de junho de 2009
Jornalismo Investigativo
Vai acontecer entre os dias 9 e 11 de julho o 4° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. O evento receberá varios jornalistas internacionais, de veículos expressivos, como o The New York Times.
O congresso será realizado em São Paulo, na Universidade Anhembi Morumbi, campus da Vila Olímpia.
Para quem se interessa pelo tema, indico o filme O Custo da Coragem. O longa conta a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin. Vale a pena assistir!
terça-feira, 26 de maio de 2009
O jornalista mochileiro
Zeca Camargo: Logo depois da primeira volta ao mundo começamos a pensar numa próxima. Como na anterior teve um blog e o livro, a idéia desse projeto era fazer outro livro com melhor acabamento por causa dos patrimônios maravilhosos, patrimônios, locais lindos que mereciam um livro a altura. Então fui fazendo um diário de viagem, ao longo do trajeto e quando cheguei escrevi esse livro durante seis semanas.
J: Como foi o critério de escolha dos patrimônios?
ZC: São mais de 700 patrimônios pelo mundo, o que torna complicado escolher apenas dez. Então, junto com a UNESCO, foram dois anos negociando sugestões, lugares bacanas, um pouco com a própria equipe do Fantástico em busca de lugares que a gente não tinha ido ainda. As pirâmides do Egito, por exemplo, são patrimônios, mas a gente já tinha feito a reportagem. Eu mesmo já conheci patrimônios na Camboja e Japão. Então a idéia era fazer lugares diferentes que o público ainda não conhecesse e acho que deu certo.
J: O que é mais difícil e o que é mais prazeroso no jornalismo de viagem?
ZC: O mais difícil é viajar com o equipamento, porque é muita coisa pesada. A gente viajava, por exemplo, com 80 kg de equipamento, é um trambolhão que você tem que arrastar. Mas o melhor, o mais bacana é que você tem a oportunidade de dividir com um publico lugares e experiências maravilhosas. Vários desses lugares eu já conhecia sozinho e eu tinha o maior barato de voltar, porque dessa vez estava voltando para mostrar para todas as pessoas. E o barato de fazer jornalismo é poder dividir as informações.
J: Como é a preparação para esse tipo de jornalismo?
ZC: Mergulhando na cultura do local. É imprescindível saber e conhecer a cultura que se pretende falar. E, claro, entrar em contatos antes com as pessoas. Sobretudo a UNESCO ajudou bastante nesse contato com as pessoas que trabalham com esses monumentos e assim, quando chegamos já tinha uma pré-produção que facilitou bastante.
J: Que dica você dá para os estudantes de jornalismo que querem trabalhar com jornalismo de viagem?
ZC: Sejam curiosos sempre, nunca se sabe qual o assunto que interessará e que vai despertar curiosidade, sobretudo aos seus leitores, telespectadores, ouvintes, internautas.
J:Como você vê o seu blog?
ZC: Eu adoro. Meu blog é o canal mais direto que eu posso ter com o público e eu faço questão disso. Antes de lançar o livro, convidei as pessoas para me entrevistarem via blog e eu achei super legal. O blog é o canal para a interatividade.
Outros livros publicados pelo jornalista
quarta-feira, 20 de maio de 2009
“Sou um ator representando um jornalista”
Ele que dizia nunca usar um terno na vida, pois é filho de advogado, conta que sempre fez humor. “Sempre fui o engraçadinho da turma.” Artista do gênero comédia stand-up, o atualmente repórter viu sua vida mudar quando um produtor do "CQC" lhe ofereceu uma vaga no programa. “Ele viu um vídeo meu no Youtube e me chamou pra fazer.” A conversa com Oscar foi rápida, pois logo após iria apresentar seu show ao publico da cidade e mesmo aos estudantes da universidade Unisal.
Confira os melhores momentos da entrevista.
Jornaliste-se: Você não é jornalista por formação, mas exerce esse papel. Nos conte sobre seu começo nos palcos e agora a frente do CQC.
Oscar Filho: É muito interessante, porque eu queria ser ator. Nasci em Atibaia e queria ir pra São Paulo fazer teatro, assim, comecei a caminhar pelo humor naturalmente, fazendo peças engraçadas, quando vi que tinha tino pra coisa. Sempre fui o engraçadinho da turma, e por causa do Stand Up, um vídeo meu foi parar no Youtube, e foi visto pelo diretor do CQC na Argentina, assim me chamaram pra fazer. Faço uma coisa que não esperava nunca, fazer parte de um programa de TV dessa forma, como um jornalista de humor, que na verdade é repórter, já que jornalista eu não sou. É muito louco!
Meu pai é advogado e queria que eu também fosse, mas disse que nunca iria colocar um terno na minha vida pra trabalhar e ironicamente eu estou trabalhando com terno. A vida dá umas voltas muito loucas!
J: Como é o trabalho feito para que o humor do CQC não se torne cansativo?
OF: O CQC foi bastante elogiado no ano passado(2008), e virou um pouco a menina dos olhos da TV. Acho relativamente fácil isso acontecer porque é uma novidade. Nosso principal objetivo era mudar em relação ao ano anterior. Em 2008 teve eleição, copa, uma série de coisas que davam recheio e molho ao programa, agora não tem nada, então teremos que inventar uma maneira de fazer essas reportagens de um jeito que seja novo pro publico, renovar piadas. Inclusive, tem quadros novos lançados. É uma coisa que se tem pensado e que preocupa.
J:Como as matérias são escolhidas? Busca-se informação ou fofoca?
OF: A pauteira do programa, Maira, procura eventos ou coisas relacionadas a política. Por exemplo, Daniel Dantas ou o cara do Castelo. Uma coisa que seja passível de tirar humor e não constrangedor. Não vamos cobrir a morte de uma pessoa, porque precisamos colocar humor nas matérias. Então, a pauteira vê os fatos e distribui pra cada repórter.
J: Há uma forma de não tornar o humor escachado?
OF: Nunca foi conversado em reunião.O diretor nunca nos proibiu de fazer nada, não há censura. Isso era o meu principal problema, porque fui o ultimo a entrar, faltando duas semanas pra começar o programa e não sabia como fazer exatamente aquilo. Os outros já tinham feito teste, matéria, e eu aprendi fazer fazendo o programa. Não teve ninguém pra me falar como eram as coisas, o diretor tinha outros problemas pra resolver. Assim, a equipe inteira tem bom senso, ninguém dá uma idéia inviável e todos pensam igual. O que é muito louco! Há um limite do bom senso e do escachar. É uma preocupação anterior ao programa, isso não foi ensinado.
J: Você tomou uma “revistada” do diretor Hector Babenco, você se sentiu emocionado com esse gesto de carinho do cineasta?
OF: Eu fiquei espantado, porque esperava qualquer tipo de reação. Ele me xingar, ficar quieto, virar as costas e ir embora, menos bater. Porque é a mesma que alguém me fazer uma pergunta, eu levar a mal e bater. Bater passa do limite, ele escachou. Fiz uma pergunta que é ferina e ele tem gabarito, intelecto suficiente para responder verbalmente e não fisicamente. Achei estranho, não esperava isso dele.
J: O CQC entrevista diferentes profissionais. Você acredita que as pessoas tiveram que aprender ao modo como são abordadas?
OF: A abordagem já teve ruptura com o Pânico. No começo ninguém sabia quem era o Pânico, assim como no CQC em relação à abordagem não tradicional ou fazer uma pergunta normal e às vezes só elogiosa pra pessoa. Então, quando o CQC chegou, as pessoas já estavam mais preparadas. Inclusive, isso foi até um pouco negativo, porque as pessoas não sabiam exatamente o que ia vir. Ficava a dúvida de quem era o CQC e a que eles vieram. Acho que conforme o tempo foi passando as pessoas foram aprendendo o que é e a que viemos. No começo, ouvia as pessoas afirmando que íamos sacanea-las, agora já não ouço mais, porque a pessoa sabe que não vou zua-la. É não rir dê, mas ir com. E assim, as pessoas aprenderam a olhar o Pânico e o CQC de formas distintas.
J: Você acha que é uma tendência essa mistura do humor com jornalismo?
OF: A arte do século 21 é a edição. Aprendendo a editar, faz-se o que quiser. Antigamente as pessoas não sabiam e assim era apenas o cara perguntava e respondia, e não tinha corte. Então, o jornalismo com humor é uma edição. Está mesclando duas coisas que dá uma terceira coisa essencial. Não sei se isso é uma tendência, mas sim o misturar coisas pra ter novas. Precisam acontecer coisas novas.
OF: Considero o trabalho que faço como não jornalismo, porque sou um repórter na medida em que pergunto. As perguntas que faço quando chegam pra mim já tem um formato, o tema, e eu coloco as piadas. Para mim, o trabalho que faço no CQC é muito mais de humorista, é um ator representando um repórter, um jornalista, do que um jornalista de fato. Nunca vou falar que sou um jornalista.
Lançamento do livro Cicatrizes- Relatos de violência sexual
Milena Nepomuceno
A obra relata a dor e o sofrimento de vítimas da violência sexual, prática que vem crescendo a cada dia na nossa sociedade. O livro aborda fatos reais que transformaram a vida de muitas mulheres.
Todas as vítimas são apresentadas com pseudônimos para preservar suas identidades.
O livro-reportagem inicialmente era um projeto de conclusão de curso, que com o apoio da Palavra & Prece Editora está sendo lançado.
Dalila é repórter da TVA - Canal de São Paulo e cursa pós graduação em Revista Segmentada na UniFiam Faam, onde se formará no final de 2009.
Durante a noite de lançamento na Livraria da Vila, a jornalista falou sobre seu projeto para o Jornaliste-se.
Jornaliste-se: Como foi a escolha do tema para o livro-reportagem?
Dalila Penteado:Na época que estava na faculdade precisava escolher uma problemática, assim, escolhi o estupro. O que foi complicado de trabalhar, porque ninguém quer falar sobre isso. Eu corri atrás e graças a Deus deu o fruto, o livro cicatrizes.
J: Como foi a pesquisa em busca de depoimentos?
DP: A pesquisa foi árdua, porque ninguém queria falar no assunto, uma vez que é um tabu muito grande. Quando se procura por essas pessoas, vai-se na busca por centros e ninguém fala, porque existe uma técnica, uma ética profissional. Com isso, os profissionais barram com o argumento de já terem trabalhado a questão psicológica e não aconselharem retomar o assunto. As pessoas que consegui entrevistar foram boca-a-boca, foi “pelo amor de Deus, me dá uma entrevista”. O Cicatrizes além de depoimentos das mulheres, traz profissionais da advocacia, sexóloga, psicologas, debatendo toda essa questão.
J: Como foi o processo de publicação?
DP: Passei por três editoras, em que apresentei a proposta. A primeira era uma editora de Jundiai, que publicam o livro e sem precisar pagar. Há uma aposta na idéia do autor e lançam o projeto quando aprovado. Mas, a partir do momento em que fui em busca por conta de minha chefe na Secretaria de Segurança Pública, e assim, me informaram que já apostaram muito em projetos e que já tiveram muito gasto e prejuízo, e hoje não apostam mais. Assim, só se pagasse que seria lançado. E, depender de patrocínio é complicado.
Com isso, fui atrás de uma segunda opção, pois um policial militar me indicou uma outra editora. Fui informada que deveria reestruturar meu projeto e apresentar novamente. Assim, eu reformulei a idéia de baseando em como os policiais poderiam tratar dessas mulheres, a maneira como poderiam agir diante de uma mulher que passou por uma situação de estupro. Assim, a editora ficou 15 dias lendo o material, o que geralmente leva 6 meses, mas não viram viabilidade comercial e não aprovaram.
Então, meu padrinho de crisma, o Monsenhor Aguinaldo, indicou a editora Palavra & Prece, assim, apresentei toda minha idéia, marquei entrevista pessoalmente, a editora aprovou meu projeto e hoje estou lançando.
J: Como é o processo para se fazer um livro reportagem?
DP:Eu tive orientação do professor Claudio Tognolli e assim pude aprender a caminhar sozinha. O professor me deu algumas orientações e a partir disso fui atrás de entrevistas, porque é através de pesquisa de campo que conseguimos apanhar todo o conteúdo. Têm-se técnicas de jornalismo literário, de jornalismo investigativo.
J: O que pretende alcançar com o livro?
DP: É importante estimular o debate, as pessoas precisam falar cada vez mais sobre o assunto porque do contrário cria-se um tabu fixo. Então, quando não se fala sobre isso, faz-se muito pouco sobre a problemática. Então é preciso estimular, trazer o assunto a tona na mídia e incentivar a denuncia.
J: O que você aprendeu na concepção do seu livro?
DP:Na verdade sempre gostei muito de escrever e tinha um sonho de consumo que era publicar um livro, e com isso aprendi que tem-se que acreditar naquilo que você faz, que tudo é possível e não pode desistir. Deve-se acreditar no próprio potencial, investir, ter fé que tudo é possível.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Sensacionalismo?!?
Não se fala em outra coisa na mídia! Desde que começou a semana, só ouço notícias sobre a gripe suína.
E diante disso, já começou outra discussão: Os jornalistas estão colocando a população em pânico?
Eu não concordo com essa visão, acredito que a seriedade da questão pede sim uma cobertura intensa sobre o tema, até porque faz parte do dever da imprensa fiscalizar (ver se todas as medidas de prevenção estão sendo adotadas), e principalmente informar. A população precisa saber quais são os Estados dos EUA que estão registrando casos, que não se pega a doença através do consumo de carne suína, etc.
E você o que está achando da cobertura jornalística da gripe suína?
terça-feira, 28 de abril de 2009
Cultura
A associação oferece diversas oficinas culturais. A participação nos cursos é gratuita, são opções em teatro, dança, moda, audiovisual entre outros. Vale a pena para os estudantes interessados em cultura. Há oficinas em diversas regiões da Cidade de São Paulo, e mais 15 sedes no interior do Estado.
Fique de olho na programação!
A Foto é da Oficina da Palavra-Casa Mário de Andrade, que fica na Barra Funda
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Repórter no telejornalismo
- Texto específico para telejornalismo
- Termos técnicos usados em telejornalismo
- Imagem e som
- Como tornar uma matéria atraente
- O papel do repórter no telejornalismo
- Checagem de informação
- Experiência na rua
- Como cultivar suas fontes
- Apresentação
- Técnicas para narração
- Postura diante da câmera
- Link (entradas ao vivo)
- Como se portar em situações de crise como tumultos, tiroteios etc
Rede Brazucah abre inscrições para apaixonados por cinema
No dia 27 de abril, a Brazucah Produções inicia a seleção dos novos agentes da Rede Brazucah. Ao todo serão selecionados 32 estudantes das principais universidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Os agentes são os articuladores da Brazucah dentro da universidade no lançamento de filmes. Faz parte de seu trabalho intermediar e gerenciar os múltiplos contatos nessas instituições, articular parcerias e promoções com entidades estudantis, organizar e produzir eventos de lançamentos de filmes, como pré-estréias. Sua remuneração é por cada lançamento.
Além do trabalho, os agentes participam também de um curso de formação mensal sobre o mercado de cinema e tem oportunidade de assistir filmes antes de todo mundo gratuitamente e freqüentar diversos eventos de cinema. E ainda, participar de circuitos alternativos, como o Festival de Curtas, Festival Latino-Americano de Cinema e outros a qual a Brazucah se liga.
Os interessados devem se inscrever pelo site a partir dia 27/04 . em http://www.brazucah.com.br/. Mais informações são encontradas no próprio site da Brazucah.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Dia Nacional do Jornalista
Não pode passar em branco!
Por mais que já tenha passado, essa data não pode ser esquecida afinal, no último dia 7, comemoramos o Dia Nacional do Jornalista e também a fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ocorrida em 1908. O dia, aliás, foi definido em função da importância da instituição na vida da categoria e da vida nacional.
Foi a partir da criação da ABI que os jornalistas deram impulso à luta em defesa de seus direitos, atingindo vitórias como a regulamentação da profissão, as primeiras leis e decretos nas décadas de 1930 e 1940 e o Decreto 972/69, que tornou obrigatória a formação universitária especifica para o exercício do jornalismo na maioria das funções jornalísticas.
A partir dessas lutas que outros avanços fundamentais foram obtidos, como a criação de sindicatos, da Federação Nacional dos Jornalistas e a conquista do piso salarial decorrente da greve promovida em 1961.
De acordo Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), no dia 7 de abril a Fenaj e os Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil chamam a atenção da sociedade brasileira para a necessidade de valorização da profissão e do profissional jornalista. Ele acredita que tal valorização é necessária em função dos constantes ataques que a profissão tem sofrido em nosso País e beneficia não apenas os profissionais, mas toda a sociedade: "Não há democracia sem liberdade de imprensa e não há liberdade de imprensa sem jornalistas”, afirmou. Sérgio ainda se mostrou a favor da obrigatoriedade do diploma.
Em homenagem a nós, profissionais que vivemos uma realidade dura, pois se deparamos com situações inusitadas e muitas vezes de risco em nossa rotina, encerro o texto com uma frase do ilustre Gabriel Garcia Márquez que retrata bem nossa situação.
"...Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
PARABÉNS A TODOS OS JORNALISTAS!
terça-feira, 7 de abril de 2009
Jornalismo Gastronômico
Milena Nepomuceno
Alessandra Blanco lançou no dia 25 de março seu primeiro livro: O Melhor do Comidinhas. A obra traz os maiores sucessos do Blog Comidinhas, da autora.
Jornalista e diretora-adjunta de conteúdo do iG, Alessandra há quatro anos escreve sobre gastronomia e dá dicas de locais deliciosos e descolados. O Blog é um sucesso e traz receitas requintadas e diferentes, como a dos dadinhos de tapioca.
Em 2007 sua página foi indicada ao Best of Blogs (um dos mais importantes concursos de blogs do mundo!) na categoria “melhor blog em português”.
Durante a noite de lançamento, na livraria Saraiva, a jornalista falou sobre esse ramo no jornalismo.
Foto:divulgação
Jornaliste-se: Como começou seu interesse pela gastronomia?
Alessandra: Na verdade eu já trabalho com jornalismo há mais de 20 anos, já fiz várias coisas.
J: Como está o mercado de jornalismo gastronômico?
A: Acho que a gente nunca teve tanto lançamentos de livros de gastronomia, tantas revista na área. Pela primeira vez dois grandes jornais do país têm (Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo) uma área dedicada à gastronomia, que sai todas as quintas feiras.
J: Quais pré-requisitos um estudante precisa ter para fazer um bom jornalismo gastronômico?
A: Primeira coisa tem que gostar de comer, e experimentar de tudo. Porque na formação de jornalista você aprende a escrever sobre qualquer coisa, sobre economia, cultura e uma das coisas é a gastronomia, no entanto é difícil falar se você não provar. Eu, agora, estou fazendo um curso de chef de cozinha, quero aprender técnica, já cozinho mas quero melhorar. Quem escreve sobre gastronomia tem que ter duas coisas: o jornalismo e entender de comida.
J: Como um estudante, sem meios e contatos, pode iniciar carreira na área?
J: Qual a sua opinião em relação ao aumento dos blogs de gastronomia?
A: Acho muito legal, vieram no lançamento do meu livro pelo menos umas dez pessoas que tem blog na área. Não há uma concorrência, pois cada um tem o seu jeito de escrever, um estilo pessoal e acaba se formando uma comunidade. Quanto mais informações melhor, porque cada um descobre um lugar, uma coisa ou uma receita diferente. Essa troca facilita pra todo mundo.
Dicas do jornaliste-se:
>> Panelinha
>> Homem na Cozinha
>> Mixirica
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Será que o diploma é mesmo necessário?
Em reunião na última quarta-feira (01/04) o Supremo Tribunal Federal colocou em pauta novamente a polêmica sobre a obrigação do diploma para os jornalistas. Hoje, quem não tem diploma pode trabalhar em jornalismo graças a uma liminar do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo.
A liminar garantindo o exercício da profissão foi concedida por Mendes em 16 de novembro de 2006 e referendada pela 2ª Turma do STF cinco dias depois que, no entanto, não tomou posição contra ou a favor da exigência de diploma. Quando corroboraram a decisão de Gilmar Mendes, os ministros garantiram o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na área sem o registro no Ministério do Trabalho ou diploma.
É de conhecimento geral, que nada ficou decidido sobre isso. Tanto que no final do ano passado, o assunto voltou a ser motivo de discussões.
Agora, segundo informações do STF, a legislação que regula a atuação dos profissionais e veículos de imprensa é questionada pelo PDT. O partido alega na ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 130 que a Lei 5.250/67, criada durante a ditadura militar, não foi recebida pela Constituição de 1988 e fere os princípios da liberdade de imprensa e de expressão.
A obrigatoriedade é questionada também pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no estado de São Paulo) e pelo MPF (Ministério Público Federal).
Será com a análise do RE (Recurso Extraordinário) 511961, que a Corte deverá decidir de forma definitiva se é necessário possuir diploma de graduação em jornalismo para exercer a profissão.
A polêmica
A polêmica em torno da necessidade de diploma de jornalismo para o exercício da profissão esteve presente na imprensa desde a edição do Decreto-Lei 972/69, que regulamenta a atividade, mas ganhou força em outubro de 2001, quando o Ministério Público entrou com ação para derrubar a exigência de diploma. Porém, a União e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) recorreram ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e, em 2005, a 4ª Turma do tribunal derrubou a sentença de primeira instância e restabeleceu a obrigação de os jornalistas terem curso superior na área específica.
Foi a vez, então, de o MPF recorrer ao Supremo com o argumento de que o artigo 5º da Constituição fixa o direito do livre trabalho e da livre expressão da atividade intelectual e de comunicação. Em Ação Cautelar, o procurador-geral da República conseguiu liminar para suspender a exigência do diploma.
Manifestação
Como nosso blog é feito por estudantes de jornalismo, não podíamos deixar de comentar sobre esse assunto. Discutir a obrigatoriedade do diploma parece até contraditório, afinal se estamos na faculdade, espera-se que acreditamos que depois de 4 anos, teremos um diferencial em relação aqueles que se dizem jornalistas. Porém nem todos pensam assim.
Concordo que aprendemos muito mais na prática do que sentados em uma sala de aula, mas não podemos negar que uma bagagem teórica pode fazer toda a diferença.
Navegando na Internet, achei o blog de uma jornalista que trabalha na Folha e gostaria de compartilhar com vocês (http://www.novoemfolha.folha.blog.uol.com.br/). Quando li o post "Arrumando os argumentos", me chamou a atenção o fato que ela, jornalista que trabalha no meio, tenha esse tipo de opinião.
Como não estou aqui para julgar o que é certo ou não e sei que cada um tem uma opinião a respeito da importância que o diploma de jornalismo tem, deixo isso na mão de vocês: Qual a sua opinião sobre esse assunto? Você é contra ou a favor da exigência do diploma?
terça-feira, 31 de março de 2009
Revista Espaço Cult promove curso de Assessoria de Comunicação
Inteira: R$ 450,00 (2x 225,50 - a 1ª parcela no ato da INSCRIÇÃO e a 2ª parcela no primeiro dia de aula)
Estudantes de graduação: R$ 300,00 (2x 150,00 - a 1ª parcela no ato da INSCRIÇÃO e a 2ª parcela no primeiro dia de aula)
Reforma ortográfica em versinhos
- HÍFEN: Não se usará mais:1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"
- TREMA: Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados
- ACENTO DIFERENCIAL: Não se usará mais para diferenciar:1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)
- ALFABETO: Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"
- ACENTO CIRCUNFLEXO: Não se usará mais:1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"
- ACENTO AGUDO: Não se usará mais:1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
- GRAFIA: No português lusitano:1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"
Diante essas mudanças e a grande confusão gerada por elas, a Editora Abril e Maurício de Sousa Produções assinaram um acordo no dia 24/03, durante a Feira do Libro Infantil em Bolonha, Itália, para a publicação do livro Turma da Mônica - A Reforma Ortográfica em Versinhos.
A obra terá 32 páginas e abordará as novas regras impostas pelo acordo ortográfico, de forma que facilite a assimilação pelas crianças. O conteúdo foi desenvolvido pela poetisa Yara Maura.
O preço do livro é estimado em R$ 9, 95 e terá tiragem inicial de 60 mil exemplares e deverá chegar as bancas em maio.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Alforria aos escraviários
ATUAL LEGISLAÇÃO DE ESTÁGIOS
(resumo da Lei - retirado do site http://www.estagiarios.com/)
- as contratações de estagiários não são regidas pela CLT e não criam vínculo empregatício de qualquer natureza;
- sobre estas contratações não incidem alguns dos encargos sociais previstos na CLT, entretanto, o Estagiário tem direito a férias de 30 dias à cada doze meses de estágio na mesma Empresa ou, o proporcional ao período estagiado, gozadas ou remuneradas;
- o estagiário não entra na folha de pagamento;
- qualquer aluno, a partir de dezesseis anos, dos anos finais do ensino fundamental do ensino profissional, do ensino médio regular ou profissional e estudante de nível superior, pode ser estagiário;
- a contratação é formalizada e regulamentada exclusivamente pelo Termo de Compromisso de Estágio;
- o Termo de Compromisso de Estágio deverá ser assinado pela Empresa, pelo Aluno e pela Instituição de Ensino;
- a jornada de trabalho é de, no máximo 6 horas diárias e 30 horas semanais;
- o tempo máximo de estágio na mesma Empresa é de dois anos, exceto quando tratar-se de Estagiário portador de deficiência;
- não existe um piso de bolsa-estágio preestabelecido, mas a remuneração, bem como o auxílio-transporte, são compulsórios para estágios não obrigatórios;
- o valor da bolsa-estágio é definido por livre acordo entre as partes;
- o estagiário deverá assinar mensalmente o Recibo de Pagamento de Bolsa-estágio;
- o estagiário, a exclusivo critério da Empresa, pode receber os mesmos benefícios concedidos a funcionários, sem que o procedimento estabeleça vínculo empregatício;
- o período médio de contratação é de 6 meses e pode ser rescindido a qualquer momento, por qualquer das partes, sem ônus, multas ou sanções;
- o estagiário, obrigatoriamente, deverá estar coberto por um Seguro de Acidentes Pessoais compatível com os valores de mercado;
- a ausência do Termo de Compromisso de Estágio e/ou do Seguro de Acidentes Pessoais caracteriza vínculo empregatício e sujeita a Empresa às sanções previstas na CLT.
Mesmo que abrangente essa lei, ainda faltaram pontos a serem discutidos como, por exemplo, um piso salarial para bolsa-estágio, pois ainda cada empresa tem o direito de determinar o seu; abonos de faltas como acontece para trabalhadores, afinal temos muitas provas e trabalhos a serem feitos e o benefício para algumas faltas durante o ano cairiam bem e autonomia para realizar horas extras (claro que, remuneradas!) entre outros.
Ainda que falte muito à perfeição essa lei é um grande avanço para os estudantes.
E você o que acha dessa nova lei? Favor ou Contra?
Comente e vote na nossa enquete.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Aprenda a apurar
Nós do meio sabemos que não basta simplesmente escrever bem e ter um texto publicado para a pessoa poder ser considerada jornalista, embora muitas que passam por isso se autoconsiderem.
O que aprendemos em sala de aula é fundamental para a formação de profissionais com noções básicas ligadas as técnicas e éticas da profissão. Se tudo que escrevemos é o espelho da realidade, pouca gente acredita. Mas o que poucos sabem é a dificuldade que o jornalista encontra ao se deparar com um fato e, na hora de relatar, não deixar transparecer nem um pouco seu ponto de vista.
Sem contar as limitações. Quando um jornalista trabalha para uma empresa de comunicação, é necessário que ele “obedeça” as normas impostas por ela, siga sua linha editorial e cumpra pautas estabelecidas por superiores. E isso nem sempre é fácil.
Pensando nisso e em outros tantos obstáculos que encontramos no nosso caminho na hora de redigir uma matéria, que o jornalista e professor Luiz Costa Pereira Junior escreveu o livro “A Apuração da Notícia” (Editora Vozes). Uma obra que oferece, de forma criteriosa e metódica, uma porta para os caminhos da reportagem. O que não significa, porém, que o livro cite apenas técnicas e procedimentos para tal.
Além de percorre a história do jornalismo, ele examina condições e contradições da profissão, propondo reflexões.
O Jornaliste-se leu, aprovou e recomenda para todos estudantes e profissionais da área que queiram aprender ou aprimorar o que já sabem. Afinal, não há melhor forma para acompanhar a jornada do autor, podendo analisar o que fazemos, ou deveríamos fazer.
O Autor
Luiz Costa Pereira Junior é jornalista e professor universitário, especialista pela Universidade de Navarra, no curso Máster de Jornalismo para Editores, do Centro de Extensão Universitária.
Atuou por oito anos no Jornal O Estado de S. Paulo, onde trabalhou como repórter e editor. Criador e editor da revista Língua Portuguesa (Editora Segmento).
Autor de “A vida com a TV” (Editora Senac) e “Com a língua de fora” (Editora Angra). Transformou suas aulas - na Unesp de Bauru (SP), na Cásper Líbero e nas Faculdades Radial - em dois livros desta coleção. É autor também de “Guia para a edição jornalística”, pela Editora Vozes.
Projeto Repórter do Futuro
As inscrições para o Projeto Repórter do Futuro vão até essa sexta às 14h (dia 27 de março), portanto os interessados devem correr! Aqueles que perderem o prazo fiquem ligados no blog e no site da Oboré para se inscreverem para as próximas turmas. (Prometo divulgar com antecedência a data).
O curso é uma grande oportunidade para estudantes de jornalismo, esse módulo tem como tema Descobrir a Amazônia – Descobrir-se Repórter. São 30 vagas disponíveis, a seleção acontece na manhã do sábado (dia 28), o curso terá a duração de quatro sábados.
O processo de seleção consiste em um questionário com perfil acadêmico, projetos, interesses e aspirações de cada um.
Alguns selecionados ganham a grande experiência de viajar à Amazônia, além de fazer vários textos jornalísticos.
Victor Ferreira, estudante do 5º semestre do Mackenzie, participou do curso e nos contou como foi importante o aprendizado:
Como que o curso te ajudou na profissão?
Victor: O estudante interessado tem no curso uma oportunidade para apurar os fundamentos da reportagem em si próprio. Nos encontros, aos sábados, há uma entrevista coletiva com um especialista na área sobre a qual o curso trata e até terça-feira seguinte, os participantes têm que entregar um texto jornalístico sobre o tema debatido. Alguns módulos, como o "Descobrir a Amazônia, descobrir-se repórter", possibilitam a alguns estudantes passar uma semana na região. Eu fui para lá em julho de 2007 e julho de 2008 e tive a oportunidade de fazer matérias que eu poderia passar a vida toda sem fazer, dado a dificuldade em se conhecer os rincões da Amazônia. O diretor Sérgio Gomes e todo o pessoal da Oboré são excelentes também, conviver com o "Serjão", como os amigos o chamam, já é uma aula-magna.
Como funciona o curso?
Victor: Após inscrever-se no site da Oboré, você participa do Encontro de Seleção e Confraternização. Os estudantes selecionados participam das conferências de imprensa / entrevista coletiva aos sábados de manhã e produzem um texto sobre o tema para entregar até a terça-feira seguinte. O curso não é pago para quem cumpre as regras de não faltar, produzir um texto referente a cada sábado e entregar no dia cominado e publicar pelo menos um texto ao longo do curso em algum jornal, revista, site, etc... mesmo que seja universitário. Se essas regras forem cumpridas, o cheque de 450 reais dado no início do curso é devolvido ao estudante junto com o certificado. Portanto, quem leva o curso a sério não paga, os que começam e não levam a sério acabam pagando - em geral esses (que não levam a sério) são bem poucos.
Como foi a experiência de ir para a amazônia?
Victor: Conhecer a Amazônia é uma experiência incrível para qualquer pessoa, não só para nós, estudantes/jornalistas. Acho que todo brasileiro deveria ter a oportunidade de conhecer aquele pedaço do Brasil tão diferente do qual estamos acostumados. Agora, convenhamos que para um estudante de jornalismo é um prato cheio e eu tentei aproveitar ao máximo, não só pela experiência de conhecer as culturas ribeirinhas e amazônicas, como produzir algo que justificasse o Exército gastar dinheiro público para me levar e nos levar a todos para lá. No final das contas valeu a pena, tanto para nós (estudantes e Oboré), quanto para o Exército, que fará neste ano a terceira viagem em parceria com o projeto.
Está disponível no Youtube um vídeo que foi fruto da viagem do ano passado. Na edição número 42 da Revista Mackenzie saiu uma matéria também.
domingo, 22 de março de 2009
Jornalismo Cultural em debate no TUCA
Os textos escritos para a editoria de cultura podem trazer uma reflexão sobre os movimentos culturais, aspectos históricos e características com aprofundamento.
Para tal, será realizado nos dias 4 até 8 de maio no Teatro da Universidade Católica/PUC - SP, o I Congresso de Jornalismo Cultural. A principal meta é analisar as projeçoes que indicam o crescimento de bens culturais. Acredita-se que irá crescer o dobro do PIB global nos próximos 10 anos e que o Brasil é um dos líderes desse crescimento.
O projeto visa promover a reflexão e o debate sobre o pensamento contemporâneo, as várias identidades culturais e o espaço nas publicações para a difusão dessa diversidade.
A abertura, no dia 4 de maio, contará com a presença do Ministro Interino do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy. Também no dia 4, o diretor do Jornal El País, escritor e jornalista Juan Cruz Ruiz, ministra palestra sobre o Jornalismo Cultural na Europa. A programação inclui também uma grade de palestras com temas pertinentes aos diversos segmentos da cultura como crítica musical, literatura, cinema, televisão, internet, teatro e ciências humanas.
Além disso, os painéis irão abordar e discutir as perspectivas futuras desta especialidade jornalística, o debate entre discurso literário e discurso jornalístico, o desenvolvimento da linguagem, pauta, edição, e a formação do jornalista cultural no Brasil.
Paralelamente, inúmeras manifestações artísticas e culturais acontecerão durante os cinco dias do evento, no local.
No site http://espacorevistacult.com.br/congresso/grade.html é possível fazer as inscrições e obter mais dados sobre a programação e mesmo sobre os palestrantes.
O Congresso conta com o apoio de universidades e instituições ligadas ao meio cultural.
Para mais informações acessem o site da Revista Cult.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Ditabranda?!?
Infelizmente, a Folha de S.Paulo publicou no dia 17 de fevereiro um editorial que vai de encontro a todos esses valores. No texto o autor se referia ao regime ditatorial brasileiro como “Ditabranda”, amenizando dessa forma todos os traumas que o país carrega até hoje, e desrespeitando todas as vítimas das conhecidas torturas realizadas durante o regime.
A sociedade não perdoou tal expressão, cartas de protestos chegaram à redação, uma manifestação foi organizada em frente ao prédio do jornal, e outros meios repercutiram a notícia, a revista carta capitalfoi um deles.
Esse episódio mostra que o jornalista tem uma responsabilidade imensa, pois exerce um trabalho público. Os seus textos estão expostos como uma vitrine, os erros podem ser devastadores. Nesse caso a sociedade entendeu o editorial como uma discrepância inadmissível, mas em algumas situações uma notícia distorcida pode não ser claramente identificada e produzir nos leitores desconhecimento, gerando ignorância.
terça-feira, 17 de março de 2009
Inovação é fator de decisão
Adaptando essa estratégia no jornalismo, analisamos a pirâmide invertida, o lead, nas diversas formas de fazer um jornal milimetricamente aceito e lido pelas pessoas. Porém, é evidente que apenas essas formas não conquistam o público.É sempre necessário a busca do diferencial, não basta escrever como se fosse apenas ser lido por quem escreve, mas sim, ter a noção que muitas pessoas vão captar o que está escrito.
"O único fator de competitividade das empresas chama-se inovação, e a capacidade de inovar só vem do ser humano e não de máquinas", afirma Ludwig.
As pessoas, programas, textos passam a ser notados pela sua raridade e não necessariamente a importância.