terça-feira, 26 de maio de 2009

O jornalista mochileiro

Por: Aline Lamas
Gabriela Rangel
Milena Nepomuceno


Mochileiro desde moleque, Zeca Camargo encontrou na profissão de jornalista a oportunidade de dividir suas experiências de viagens com o público.
Exemplo disso é o seu 2o. livro sobre viagens "Isso aqui é seu", lançado recentemente.
A obra é um complemento da série de reportagens "Isso aqui é seu", que foi exibida aos domingos pelo Fantástico. O livro traz os bastidores das reportagens e as percepções do jornalista.
Em entrevista exclusiva ao blog, Zeca fala sobre os desafios e prazeres do jornalismo de viagem, sobre seu livro e da sua interação com o público, através de seu blog.


Confira como foi a entrevista.






Jornaliste-se: Como surgiu a idéia de fazer o livro?
Zeca Camargo: Logo depois da primeira volta ao mundo começamos a pensar numa próxima. Como na anterior teve um blog e o livro, a idéia desse projeto era fazer outro livro com melhor acabamento por causa dos patrimônios maravilhosos, patrimônios, locais lindos que mereciam um livro a altura. Então fui fazendo um diário de viagem, ao longo do trajeto e quando cheguei escrevi esse livro durante seis semanas.

J: Como foi o critério de escolha dos patrimônios?
ZC: São mais de 700 patrimônios pelo mundo, o que torna complicado escolher apenas dez. Então, junto com a UNESCO, foram dois anos negociando sugestões, lugares bacanas, um pouco com a própria equipe do Fantástico em busca de lugares que a gente não tinha ido ainda. As pirâmides do Egito, por exemplo, são patrimônios, mas a gente já tinha feito a reportagem. Eu mesmo já conheci patrimônios na Camboja e Japão. Então a idéia era fazer lugares diferentes que o público ainda não conhecesse e acho que deu certo.

J: O que é mais difícil e o que é mais prazeroso no jornalismo de viagem?
ZC: O mais difícil é viajar com o equipamento, porque é muita coisa pesada. A gente viajava, por exemplo, com 80 kg de equipamento, é um trambolhão que você tem que arrastar. Mas o melhor, o mais bacana é que você tem a oportunidade de dividir com um publico lugares e experiências maravilhosas. Vários desses lugares eu já conhecia sozinho e eu tinha o maior barato de voltar, porque dessa vez estava voltando para mostrar para todas as pessoas. E o barato de fazer jornalismo é poder dividir as informações.

J: Como é a preparação para esse tipo de jornalismo?
ZC: Mergulhando na cultura do local. É imprescindível saber e conhecer a cultura que se pretende falar. E, claro, entrar em contatos antes com as pessoas. Sobretudo a UNESCO ajudou bastante nesse contato com as pessoas que trabalham com esses monumentos e assim, quando chegamos já tinha uma pré-produção que facilitou bastante.

J: Que dica você dá para os estudantes de jornalismo que querem trabalhar com jornalismo de viagem?
ZC: Sejam curiosos sempre, nunca se sabe qual o assunto que interessará e que vai despertar curiosidade, sobretudo aos seus leitores, telespectadores, ouvintes, internautas.

J:Como você vê o seu blog?
ZC: Eu adoro. Meu blog é o canal mais direto que eu posso ter com o público e eu faço questão disso. Antes de lançar o livro, convidei as pessoas para me entrevistarem via blog e eu achei super legal. O blog é o canal para a interatividade.



Outros livros publicados pelo jornalista

2 comentários:

  1. Parabéns pelo Blog! Muito interessante! Sobre o Zeca, pessoa incrível, com ótimas estorias e um grande exemplo... Estive na coletiva dele no lançamento do primeiro livro, no Hotel Quitandinha em Petrópolis. Mas devo confessar que este aí, eu ainda não li! rs Bjs e sucesso!

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  2. Parabéns ao blog pela entrevista, muito bacana!


    Saudações!

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