quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sensacionalismo?!?



Não se fala em outra coisa na mídia! Desde que começou a semana, só ouço notícias sobre a gripe suína.

E diante disso, já começou outra discussão: Os jornalistas estão colocando a população em pânico?

Eu não concordo com essa visão, acredito que a seriedade da questão pede sim uma cobertura intensa sobre o tema, até porque faz parte do dever da imprensa fiscalizar (ver se todas as medidas de prevenção estão sendo adotadas), e principalmente informar. A população precisa saber quais são os Estados dos EUA que estão registrando casos, que não se pega a doença através do consumo de carne suína, etc.

E você o que está achando da cobertura jornalística da gripe suína?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cultura

Entrando no clima da virada cultural, a dica de hoje é a ASSAOC(Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo).

A associação oferece diversas oficinas culturais. A participação nos cursos é gratuita, são opções em teatro, dança, moda, audiovisual entre outros. Vale a pena para os estudantes interessados em cultura. Há oficinas em diversas regiões da Cidade de São Paulo, e mais 15 sedes no interior do Estado.

Fique de olho na programação!


A Foto é da Oficina da Palavra-Casa Mário de Andrade, que fica na Barra Funda

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Repórter no telejornalismo

O Sindicato de Jornalistas de São Paulo abre inscrões para alunos e mesmo porifssionais da área de jornalismo que quererm se aperfeiçoar em técnicas de telejornalismo.



O curso de Repórter no Telejornalismo, que tem duração do dia 23 de maio a 27 de junho, ensina ao aluno técnicas e peculiaridades na cobertura de matérias para televisão. Desde o momento em que o repórter adquire a pauta até o acompanhamento da edição. Segundo o sindicato, é a prática de campo que faz o estudante e jornalista produzirem bons conteúdos, e esse curso quer apresentar as dificuldades e ensinar técnicas específicas para passar a notícia de forma atraente e concisa sem perder o conteúdo.

O repórter Evandro De Marco do jornal Diário do Grande ABC é quem ministra o curso, sendo realizado aos sábados por 5 horas ao dia.

Conteúdo programático consiste em:
- Texto específico para telejornalismo
- Termos técnicos usados em telejornalismo
- Imagem e som
- Como tornar uma matéria atraente
- O papel do repórter no telejornalismo
- Checagem de informação
- Experiência na rua
- Como cultivar suas fontes
- Apresentação
- Técnicas para narração
- Postura diante da câmera
- Link (entradas ao vivo)
- Como se portar em situações de crise como tumultos, tiroteios etc

Todos esses itens serão feitos em aulas expositivas com matérias de telejornais, exemplos de coberturas em vídeo, exercícios práticos e apostila com textos explicativos.

São apenas 25 vagas, e quem quer participar deve se inscrever até o dia 15 de maio.

O valor do curso é de R$ 180 à vista, podendo ser parcelado com juros.

Para mais informações de como inscrever e mesmo sobre o curso entre no site: http://www.jornalistasp.org.br/index.php?option=content&task=view&id=2242

Rede Brazucah abre inscrições para apaixonados por cinema

Você, estudante de comunicação que gosta de cinema, pode se candidatar a uma das 32 vagas para atuar como Agente Difusor do Cinema Brasileiro(Agente Brazucah).

No dia 27 de abril, a Brazucah Produções inicia a seleção dos novos agentes da Rede Brazucah. Ao todo serão selecionados 32 estudantes das principais universidades do Rio de Janeiro e São Paulo.


A Brazucah foi fundada em 2002 em São Paulo e começou sua longa missão de formação de novas platéias para o cinema brasileiro com o lançamento do documentário Janela da Alma no circuito universitário. Em 2007 respondeu por aproximadamente 30% das campanhas de lançamento de todos os filmes brasileiros estreados em São Paulo e no Rio de Janeiro - dentre os quais o sucesso Meu Nome Não É Johnny. Em seus cinco anos de atuação já promoveu mais de 60 filmes nacionais.

Os agentes são os articuladores da Brazucah dentro da universidade no lançamento de filmes. Faz parte de seu trabalho intermediar e gerenciar os múltiplos contatos nessas instituições, articular parcerias e promoções com entidades estudantis, organizar e produzir eventos de lançamentos de filmes, como pré-estréias. Sua remuneração é por cada lançamento.

Além do trabalho, os agentes participam também de um curso de formação mensal sobre o mercado de cinema e tem oportunidade de assistir filmes antes de todo mundo gratuitamente e freqüentar diversos eventos de cinema. E ainda, participar de circuitos alternativos, como o Festival de Curtas, Festival Latino-Americano de Cinema e outros a qual a Brazucah se liga.

Os interessados devem se inscrever pelo site a partir dia 27/04 . em http://www.brazucah.com.br/. Mais informações são encontradas no próprio site da Brazucah.


Eu, Milena, sou uma agente Brazucah que estou me desligando (em contrato apenas, porque sempre estarei ligada ao espírito da rede), e posso dizer que foi uma experiência única pra mim. Um ambiente em que fiz muitas amizades importantes, fiquei super antenada com o cinema e poder participar dos circuitos alternativos é uma experiência única.

Se você, assim como eu, é apaixonado por cinema não deixe de fazer parte dessa rede, e vá desfrutar das delícias do nosso cinema.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dia Nacional do Jornalista

Não pode passar em branco!

Por mais que já tenha passado, essa data não pode ser esquecida afinal, no último dia 7, comemoramos o Dia Nacional do Jornalista e também a fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), ocorrida em 1908. O dia, aliás, foi definido em função da importância da instituição na vida da categoria e da vida nacional.

Foi a partir da criação da ABI que os jornalistas deram impulso à luta em defesa de seus direitos, atingindo vitórias como a regulamentação da profissão, as primeiras leis e decretos nas décadas de 1930 e 1940 e o Decreto 972/69, que tornou obrigatória a formação universitária especifica para o exercício do jornalismo na maioria das funções jornalísticas.

A partir dessas lutas que outros avanços fundamentais foram obtidos, como a criação de sindicatos, da Federação Nacional dos Jornalistas e a conquista do piso salarial decorrente da greve promovida em 1961.

De acordo Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), no dia 7 de abril a Fenaj e os Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil chamam a atenção da sociedade brasileira para a necessidade de valorização da profissão e do profissional jornalista. Ele acredita que tal valorização é necessária em função dos constantes ataques que a profissão tem sofrido em nosso País e beneficia não apenas os profissionais, mas toda a sociedade: "Não há democracia sem liberdade de imprensa e não há liberdade de imprensa sem jornalistas”, afirmou. Sérgio ainda se mostrou a favor da obrigatoriedade do diploma.

Em homenagem a nós, profissionais que vivemos uma realidade dura, pois se deparamos com situações inusitadas e muitas vezes de risco em nossa rotina, encerro o texto com uma frase do ilustre Gabriel Garcia Márquez que retrata bem nossa situação.

"...Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

PARABÉNS A TODOS OS JORNALISTAS!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Jornalismo Gastronômico

Por: Gabriela Rangel
Milena Nepomuceno

Alessandra Blanco lançou no dia 25 de março seu primeiro livro: O Melhor do Comidinhas. A obra traz os maiores sucessos do Blog Comidinhas, da autora.

Jornalista e diretora-adjunta de conteúdo do iG, Alessandra há quatro anos escreve sobre gastronomia e dá dicas de locais deliciosos e descolados. O Blog é um sucesso e traz receitas requintadas e diferentes, como a dos dadinhos de tapioca.

Em 2007 sua página foi indicada ao Best of Blogs (um dos mais importantes concursos de blogs do mundo!) na categoria “melhor blog em português”.

Durante a noite de lançamento, na livraria Saraiva, a jornalista falou sobre esse ramo no jornalismo.
Foto:divulgação

Jornaliste-se:
Como começou seu interesse pela gastronomia?

Alessandra: Na verdade eu já trabalho com jornalismo há mais de 20 anos, já fiz várias coisas.

Sempre tive um interesse pela comida em si, e há uns quatro anos fiz uma viagem à Itália e fiquei super encantada com a comida da região. Queria escrever sobre isso pra alguém, foi quando pensei em escrever um blog. Foi assim que começou. Hoje em dia gastronomia não é o meu trabalho principal, mas é meu lado B, faço isso há quatro anos, uma coisa que eu adoro e que também envolve todo mundo, porque todos gostam de comer.

J: Como está o mercado de jornalismo gastronômico?

A: Acho que a gente nunca teve tanto lançamentos de livros de gastronomia, tantas revista na área. Pela primeira vez dois grandes jornais do país têm (Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo) uma área dedicada à gastronomia, que sai todas as quintas feiras.

J: Quais pré-requisitos um estudante precisa ter para fazer um bom jornalismo gastronômico?

A: Primeira coisa tem que gostar de comer, e experimentar de tudo. Porque na formação de jornalista você aprende a escrever sobre qualquer coisa, sobre economia, cultura e uma das coisas é a gastronomia, no entanto é difícil falar se você não provar. Eu, agora, estou fazendo um curso de chef de cozinha, quero aprender técnica, já cozinho mas quero melhorar. Quem escreve sobre gastronomia tem que ter duas coisas: o jornalismo e entender de comida.

J: Como um estudante, sem meios e contatos, pode iniciar carreira na área?
A: Possibilidade de um atendimento diferenciado, menu-degustação e outras “regalias” só acontece com os grandes críticos de gastronomia, que são poucos. Mas há toda uma outra gama , a gastronomia é muito rica, pode ser o boteco da esquina. O livro que estou lançando tem muito disso, lugares simples que tem uma comida maravilhosa. É possível escrever no começo mesmo sem ter dinheiro para ir aos grandes restaurantes. Isso vem aos poucos, conforme você vai escrevendo vai ficando mais conhecido, e acaba conhecendo os chefs para provar esses menus degustação.

J: Qual a sua opinião em relação ao aumento dos blogs de gastronomia?

A: Acho muito legal, vieram no lançamento do meu livro pelo menos umas dez pessoas que tem blog na área. Não há uma concorrência, pois cada um tem o seu jeito de escrever, um estilo pessoal e acaba se formando uma comunidade. Quanto mais informações melhor, porque cada um descobre um lugar, uma coisa ou uma receita diferente. Essa troca facilita pra todo mundo.

Dicas do jornaliste-se:

>> Panelinha
>> Homem na Cozinha

>> Mixirica

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Será que o diploma é mesmo necessário?

Em reunião na última quarta-feira (01/04) o Supremo Tribunal Federal colocou em pauta novamente a polêmica sobre a obrigação do diploma para os jornalistas. Hoje, quem não tem diploma pode trabalhar em jornalismo graças a uma liminar do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo.

A liminar garantindo o exercício da profissão foi concedida por Mendes em 16 de novembro de 2006 e referendada pela 2ª Turma do STF cinco dias depois que, no entanto, não tomou posição contra ou a favor da exigência de diploma. Quando corroboraram a decisão de Gilmar Mendes, os ministros garantiram o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na área sem o registro no Ministério do Trabalho ou diploma.

É de conhecimento geral, que nada ficou decidido sobre isso. Tanto que no final do ano passado, o assunto voltou a ser motivo de discussões.

Agora, segundo informações do STF, a legislação que regula a atuação dos profissionais e veículos de imprensa é questionada pelo PDT. O partido alega na ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 130 que a Lei 5.250/67, criada durante a ditadura militar, não foi recebida pela Constituição de 1988 e fere os princípios da liberdade de imprensa e de expressão.

A obrigatoriedade é questionada também pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no estado de São Paulo) e pelo MPF (Ministério Público Federal).

Será com a análise do RE (Recurso Extraordinário) 511961, que a Corte deverá decidir de forma definitiva se é necessário possuir diploma de graduação em jornalismo para exercer a profissão.

A polêmica

A polêmica em torno da necessidade de diploma de jornalismo para o exercício da profissão esteve presente na imprensa desde a edição do Decreto-Lei 972/69, que regulamenta a atividade, mas ganhou força em outubro de 2001, quando o Ministério Público entrou com ação para derrubar a exigência de diploma. Porém, a União e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) recorreram ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e, em 2005, a 4ª Turma do tribunal derrubou a sentença de primeira instância e restabeleceu a obrigação de os jornalistas terem curso superior na área específica.

Foi a vez, então, de o MPF recorrer ao Supremo com o argumento de que o artigo 5º da Constituição fixa o direito do livre trabalho e da livre expressão da atividade intelectual e de comunicação. Em Ação Cautelar, o procurador-geral da República conseguiu liminar para suspender a exigência do diploma.

Manifestação

Como nosso blog é feito por estudantes de jornalismo, não podíamos deixar de comentar sobre esse assunto. Discutir a obrigatoriedade do diploma parece até contraditório, afinal se estamos na faculdade, espera-se que acreditamos que depois de 4 anos, teremos um diferencial em relação aqueles que se dizem jornalistas. Porém nem todos pensam assim.

Concordo que aprendemos muito mais na prática do que sentados em uma sala de aula, mas não podemos negar que uma bagagem teórica pode fazer toda a diferença.

Navegando na Internet, achei o blog de uma jornalista que trabalha na Folha e gostaria de compartilhar com vocês (http://www.novoemfolha.folha.blog.uol.com.br/). Quando li o post "Arrumando os argumentos", me chamou a atenção o fato que ela, jornalista que trabalha no meio, tenha esse tipo de opinião.

Como não estou aqui para julgar o que é certo ou não e sei que cada um tem uma opinião a respeito da importância que o diploma de jornalismo tem, deixo isso na mão de vocês: Qual a sua opinião sobre esse assunto? Você é contra ou a favor da exigência do diploma?